quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mercados Hoje

Mercado brasileiro deverá reagir às noticias externas negativas vindas da Europa, porém ainda muito de olho na agenda norte americana de hoje, e também após ao reajuste da carteira do MSCI Brasil ocorrida no leilão de fechamento ontem. A agenda interna não trás novidades devendo trazer menos impacto ao mercado acionário local.

* Setor de Mineração – Dados da indústria nacional do cobre mostram o 19° mês em que o segmento fecha em déficit. Os dados de janeiro a julho mostram que a importação ficou em US$ 499,5 milhões e a exportação em US$ 303,4 milhões, crescimento de 87% do déficit. A notícia é de teor expositivo, sendo neutra sobre os papeis.

* BB, Cielo e Oi – As companhias anunciaram parecia para atuar no mercado de pagamentos via celular. A idéia é de o BB proporcionar as linhas de credito, a Cielo utilizar a sua ampla rede de pagamentos e a Oi entrar com a rede de serviços Oi Paggo (que conta com 250 mil usuários), e que já está em funcionamento há três anos. Na primeira parte do acordo o BB e a Oi vão emitir cartões de credito e pré-pagos com o nome dos dois, sendo oferecidos no formato físico e por inserção de chips no celular, prevendo a exploração conjunta da base de 60 milhões de clientes da Oi. A segunda parte do acordo prevê a criação de um joint-venture entre Oi e Cielo, pelo prazo de 20 anos, onde cada companhia ficaria com 50% das operações, que consistiriam na captura de transações móveis, ampliando a rede de aceitação em todo o país. Os detalhes serão definidos em até 180 dias. A notícia é positiva para todas as empresas envolvidas.

* BB – O banco chileno Corpbanca divulgou ao mercado que mantém “conversas informais” com o BB para a aquisição de uma fatia minoritária, cerca de 10%, do banco chileno pelo banco brasileiro. O Corpbanca é o quinto maior banco chileno, cujo valor de mercado é próximo de US$ 3,5 bilhões. O processo faria parte do plano de internacionalização do BB, que ainda não enviou nenhum comunicado oficial a CVM. Ontem o banco concluiu a captação de US$ 600 milhões no mercado externo, com emissão de divida subordinada de 10 anos, a uma taxa de 5,464%. Conforme executivos da empresa o custo estava muito “atrativo”. A emissão servira para reforçar a base de capital do banco, já pensando nos novos níveis determinados no acordo de Basilea. A demanda chegou a superar US$ 2 bilhões. Ambas as noticias são marginalmente positiva para o BB que se mostra focado em seu crescimento.

* Petrobras – Segundo dados divulgados pelo jornal Valor Econômico, aproximadamente R$ 21 bilhões da oferta ficaram na mão de estrangeiros. Segundo dados do jornal dos R$ 120 bilhões, 85 bi ficaram na mão dos prioritários (de quem já era acionista) e dos R$ 35 bilhões restantes, aproximadamente 60% ficou na mão de estrangeiros. A notícia é de teor expositivo, sendo neutra sobre os papeis.

* Vale – A companhia informou que conclui a compra da participação de 20,27% que a americana Mosaic, controlada pela Cargil, possuía do capital votante da Fosfértil, que já foi rebatizada como “Vale Fertilizantes”. O negócio saiu por aproximadamente US$ 1,03 bilhões. A Vale agora detém 99,81% das ações ordinárias e 68,24% das preferências, resultando em uma participação total de 78,9%. A empresa ainda afirmou que já enviou a CVM a OPA para a aquisição dos 0,19% restantes que estão na mão de minoritários. Ainda sobre a Vale Fertilizantes, o projeto da Indústria de Fosfato Catarinense (IFC), projeto de R$ 550 milhões que inicialmente era uma joint venture entre a Bunge e Yara, e entro no “pacote da Vale”, deve continuar paralisado, em função de sua licença ambiental ter sido suspensa por uma liminar de setembro de 2009 . O custo da paralisação é estimado em R$ 1 milhão por mês a empresa, que declarou ainda estar estudando o projeto, cuja a aquisição “é algo muito recente”. Os fatos comentados não são novidade para o mercado, portanto não devem impactar as ações da companhia.

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