quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mercados Ontem­­

As principais bolsas européias encerraram a sessão em queda. Preocupações com a recuperação econômica norte-americana, assim como receios sobre a dívida soberana de alguns países da zona do euro foram algumas das justificativas para um fechamento negativo por lá e EUA também, com dia de agenda fraca destaque negativo para o setor financeiro e de tecnologia que lideraram as baixas.

Mercados Hoje

Futuros americanos e índices europeus estendendo as perdas de ontem, agora pela manhã os futuros americanos caíam por volta de 0,55% enquanto o composto europeu operava em queda de 0,6%.

Aversão ao risco vinda da Europa está afetando os mercados mundiais, o PMI, sigla em inglês do índice de gerentes de compras, da região do euro caiu mais do que os economistas estavam esperando. As previsões ficavam em queda para 55,7 de 56,2 porém o índice ficou em 53,8 mostrando que a atividade na Europa reduziu a um passo mais rápido do que se esperava. Esse índice fica entre 0 e 100 sendo que uma leitura acima de 50 sugere expansão da economia e abaixo de 50 retração da atividade.

Além do PMI os investidores estão cada vez mais preocupados com os títulos da dívida de países com problemas em administrar o seu déficit. As vendas de títulos portugueses e irlandeses não estão mais sendo tão positiva quanto foram a um mês e meio atrás, e essa preocupação está se refletindo nos títulos, aumentando os yields e diminuindo a demanda por novas emissões.

Fechamento Ásia

Os mercados asiáticos mais importantes estiveram fechados hoje devido a feriados, China, Hong Kong, Japão e Coréia do Sul não negociaram nessa madrugada afetando a liquidez da região.

Para balizar a situação geral da região o MSCI Ásia Pacífico fechou com queda de 0,1% com aversão ao risco dos investidores em relação aos dados que iam ser divulgados na Europa e mais tarde nos EUA.

Na bolsa indiana o principal índice local fechou em queda de 0,40% liderado pelos setores de telecomunicações (-1,80%), petróleo e gás (-1,27%) e saúde (-1,75%), do lado positivo destaque para empresas de bens de consumo (+0,83%). Bolsas do pacífico também caíram nessa madrugada, a bolsa kiwi caiu 0,1% depois que o PIB local cresceu 0,2% no segundo trimestre, menos do que o esperado pelos economistas que era alta de 0,7%.

Destaques Agenda

Agenda mais carregada hoje nos EUA, às 09h30 será divulgada a tradicional pesquisa semanal de auxilio desemprego e novos pedidos de seguro desemprego no país. O próximo dado econômico a ser divulgado será às 11h com as vendas de casas existentes do mês de agosto, onde o esperado fica em 4,1 milhões de negócios, com uma alta de 7,1% na comparação mensal.

Agenda brasileira não está tão repleta quando a americana porém trás dados bastante importantes para a nossa economia, às 08h a FGV divulga o IPC-S de setembro até o dia 22, aonde o esperado é de aumento em 0,37% e às 09h será divulgada a taxa de desemprego do mês de agosto com expectativa de que fique em 7,0%.

Brasil

Mercados Ontem

A nossa bolsa teve um fechamento bem diferente das bolsas internacionais. O nosso principal índice teve uma abertura positiva e seguiu nesse caminho durante toda a sessão, no intraday o Ibov fechou com alta de 1,12%. A Vale foi um dos destaques da sessão com alta de 1,57% das ações PNA e alta de 1,80% as ações ON, com giro financeiro acima de R$ 1 bilhão. Outro destaque positivo ficou com o setor financeiro que teve valorização de 1,73%. Do lado negativo ficaram com as ações de Petrobrás que enceraram em queda de 1,40% as ações PN.

Mercados Hoje

Mercado local deverá seguir a tendência mundial de realização, ontem a nossa bolsa ficou descolada o dia inteiro dos mercados mundiais e em especial do norte americano.

Com as principais bolsas asiáticas fechadas a China, que é um ótimo balizador para altas ou baixas das ações de empresas brasileiras exportadoras de commodities, não ajudará os investidores hoje a tomar decisões de compra ou venda desses ativos, corroborando assim uma paridade maior do nosso índice com as bolsas americanas.

* Setor de cartões – O mercado de cartões de crédito começa a dar sinais de que as medidas implantadas há cerca de dois meses visando ampliar a concorrência no setor estão surtindo efeito. De acordo com dados da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), a taxa média cobrada dos lojistas por transação com cartões de crédito caiu dos 3,2% para 2,5%. Isso pode ser explicado pelo aumento de concorrência no setor, com novos entrantes e medidas das empresas visando fidelizar os comerciantes. A notícia é marginalmente negativa para as grandes do setor, como Redecard e Cielo, que tem de adotar medidas para não perderem market share a novos competidores, como o Banrisul, que decidiu entrar nesse mercado, e o Santander, que já está atuando através da GetNet.

* Embraer – Depois do interesse de compra de uma série de países, como Portugal (6 aviões), Chile (6), Colômbia (12) e República Checa (2), além do Brasil (28 aviões), o Ministério da Defesa da Argentina deve assinar nos dias 28 e 29 de outubro uma carta de intenções para participar no programa do jato militar KC-390 da Embraer. A expectativa é de que a Força Aérea Argentina (FAA) tenha uma demanda inicial estimada em cinco cargueiros. A notícia é positiva para a companhia, uma vez que ainda em fase de desenvolvimento, o KC-390 vem despertando muito interesse mundial, sendo um grande sucesso por enquanto.

* Setor aéreo – Na próxima terça-feira, Brasil e Argentina voltam à mesa de diálogo buscando definir uma agenda de negociações. As autoridades brasileiras buscam ampliar o acordo bilateral que regula o número de vôos permitidos às companhias aéreas de cada país. Atualmente a TAM e a Gol ocupam todas as 133 frequências semanais a que o Brasil tem direito. Com isso, o governo brasileiro buscará acrescentar mais vôos por semana. A notícia é marginalmente positiva para o setor brasileiro, porém as negociações não serão fáceis, e nada está confirmado até o momento.

* Setor de Papel e Celulose – Segundo o Conselho de Produtos de Papel e Celulose, os estoques mundiais da matéria prima subiram em agosto para 34 dias, ante 29 em julho e 25 em junho. Isso significa que as projeções do mercado de que preço da celulose, que se manteve estável em outubro (US$ 870 por tonelada na Europa, US$ 900 por tonelada nos EUA e US$ 800 a tonelada na Ásia), deve sofrer um reajuste nos próximos meses. O motivo para o aumento dos estoques é a desaceleração da demanda chinesa. O esperado pelo mercado é uma queda de aproximadamente US$ 30 por tonelada. A notícia é marginalmente negativa para o setor, pois só confirma a tendência já aguardada pelo mercado.

* Hypermarcas – Tendo investido aproximadamente R$ 5 bilhões nos últimos dois anos para a aquisição de mais de uma centena de marcas, a companhia prepara mais investimentos para sustentar o plano de lançar mais 400 novos produtos até o fim de 2010. R$ 10 milhões serão investidos na criação de um novo centro de pesquisa e desenvolvimento em Alphaville, SP. Outros R$ 110 milhões deverão ser investidos na ampliação da produção da linha de medicamentos sem prescrição medica. A noticia é marginalmente positiva para a empresa que se mostra sempre preocupada em transparecer ao mercado seus planos para obtenção de sinergias com suas ultimas aquisições e com o crescimento expressivo e constante de seu market share.

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