Por: Equipe InfoMoney
18/11/09 - 19h02
InfoMoney
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (18) a taxação das aplicações em ADRs (American Depositary Receipts) de empresas brasileiras com 1,5% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O movimento se deu após a decisão do governo brasileiro em impor a taxação de 2% de IOF sobre a entrada de capital estrangeiro no Brasil para investimentos em renda fixa e variável.
Por conta do IOF, houve especulações de mercado acerca de um aumento da procura de empresas brasileiras por programas de ADRs, por meio dos quais investidores estrangeiros conseguem comprar recibos de ação de companhias brasileiras listadas na Bolsa de Nova York.
Só um comentário rápido sobre credibilidade. Não importa qual é a medida a ser tomada, serve para decisões em geral. Precisamos parar com essa coisa de anunciar na noite e começa a valer no dia seguinte por decreto. Isso causa pavor no investidor. Já pensou se amanhã a noite decreta-se a taxação de 80% do seu lucro no bolsa, o confisco dos seus ativos ou o coneglamento da bolsa , vigorando a partir do dia seguinte? Se queremos ser grandes, precisamos primeiro ser sérios. Infelizmente esse tipo de ato vem se repetindo.
4 comentários:
agora fudeu de vez, Sr. Mantega!!
Esse Margarina tá vendido.
Ricardo, vc pode dar aquela olhada em PMAM3.....segura o foguete...rsrsss.
Abs,
Lembram daquela musica interpretada por Ana Carolina? "é isso aí.."
na versão de um governo autoritario e taxativo como o brasileiro o refrão fica mais ou menos assim:
"Eu não sei parar... de taxar
Eu não sei parar... de taxar
Não vou parar... de taxar."
Depois de taxar o capital estangeiro, agora o governo taxa o capital NACIONAL que é investido em empresas NACIONAIS. A taxação de 1,5% de IOF será aplicado ao capital que retornar ao Brasil após investimento nas ADRs de empresas nacionais, as quais são negociadas em bolsas de valores no estrangeiro.
Particularmente nao tenho nenhum centavo fora do pais - sou prisioneiro dessa bagaça mesmo. Mas vamos ver quais são as implicações dessa atitude.
Especulo que o govervo tenha estabelecido essa taxação por dois motivos: 1.para compensar a queda na arrecadação fiscal com a redução temporária do IPI; 2. para diminuir a entrada de capitais no pais e assim, segurar um pouco mais a queda do dólar (discurso deles). Destacamos o "temporariamente" do IPI, esse imposto deve retornar em breve e alguem acredita que com o retorno da arrecadação o governo deve nos compensar com a redução de algum outro imposto? Mais fácil acreditar no Papai Noel.
Vamos retomar alguns conceitos: o capital entra no Brasil porque é muito mais rentável investir em títulos aqui do que em qualquer outro lugar do planeta! Nossos juros estão lá nas alturas! E porque não se investe em equipamentos para industria e comercio? porque nosso pais Tupiniquim tem um leve probleminha com infra-estrutura. Como podemos produzir neste país se não temos como escoar a produção? Vejam o caso da soja, produzimos a um custo muito inferior aos EUA e no entanto chega ao custo mais elevado na Europa do que a soja dos gringo!
Na contra-mão do progresso nossos títulos públicos tem rendimento de 8% ao ano enquanto nos paises desenvolvidos, e não tão desenvolvidos assim, o rendimento é inferior a 5% a.a.
Então o que deve acontecer?
O capital estrangeiro vai continuar entrando no pais e o capital nacional que seria aplicado em ADRs, deixa de sair e fica na "economia financeira" nacional. Ou seja, o capital que sairia, ajudando a segurar a queda do dólar, agora fica no país e será aplicado em fundos e em ações das empresas emissoras de ADRs. Consequentemente devemos observar uma retomada no volume negociado das PETR e VALE. E aquela "bolha" que foi usada como desculpa para taxar o capital estrangeiro volta a encher.
Entendeu? não?! então vai assistir o filme do Lula e depois leia de novo ;)
João, concordo com seus comentários, os reflexos de tal atitude já puderam ser vistos no after, principalmente na petr que subiu bem.
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